Apoio online para cuidadores de pessoas com demência
5 de novembro de 2020
O Reino Unido tem em curso a avaliação da eficácia de uma ferramenta de apoio online a cuidadores e familiares de pessoas com demência, desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018.
O estudo, financiado pelo Programa de Pesquisa em Saúde Pública britânico, será conduzido pela Universidade de Bangor, o Colégio Universitário de Londres e a Universidade de Strathclyde e contará com o apoio de várias organizações internacionais e nacionais, bem como 365 cuidadores.
iSupport – Informação e treino para cuidadores
O iSupport – a ferramenta online em questão – pretende apoiar o desenvolvimento de cuidados de qualidade, quer sejam os que os cuidadores prestam à pessoa com demência de quem cuidam, mas também os que dirigem a si próprios.
Projetado para ser usado no horário, local e ao ritmo de cada um, está disponível em várias plataformas: computador, tablet ou smartphone, com acesso à internet.
O líder da equipa de investigação, o Professor Gill Windle da Universidade de Bangor, acredita que o iSupport pode ser uma boa solução para corresponder às diretrizes do Sistema Nacional de Saúde britânico. Este sistema recomenda que os cuidadores informais de pessoas com demência recebam informação e treino para as apoiar, sem descurar a sua própria saúde física e mental. No entanto, e como sempre que novos serviços são disponibilizados, a sua eficiência e eficácia têm de ser de ser avaliadas.
iSupport – Portugal
Também no nosso país está a decorrer um estudo para avaliar o iSupport – Portugal. A ferramenta, originalmente desenvolvida pela OMS, foi adaptada à população portuguesa pela Universidade do Porto, o Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e a Associação Alzheimer Portugal. O iSupport – Portugal está a ser avaliado por 200 cuidadores informais.
Através da internet, os cuidadores podem ter acesso a um programa de 23 sessões. O programa em questão foi desenhado para dar a conhecer aos cuidadores as doenças que estão na origem de declínio progressivo do funcionamento da pessoa, para ajudar a lidar com os sintomas comportamentais e psicológicos da demência e para os ajudar a cuidar de si próprios.
Em Portugal, as pessoas com demência ficam frequentemente aos cuidados de familiares, que nem sempre se sentem confortáveis ou estão disponíveis para frequentar programas presenciais dirigidos a cuidadores, ainda que se reconheça terem um impacto muito positivo em termos da qualidade dos cuidados prestados e do bem-estar do cuidador.
Fontes:
https://www.nationalhealthexecutive.com/articles/nihr-online-dementia-care-resources-uk