Depressão: fator de risco para o desenvolvimento de Demência

30 de julho de 2021

Depressão

A Depressão é uma das doenças geriátricas mais comuns. Num artigo publicado em 2020, a Lancet Commission identifica a Depressão como sendo um fator de risco para o desenvolvimento de Demência, sobretudo em pessoas com mais de 65 anos. Pode também ser um sinal indicativo do início da doença, na fase inicial de manifestação da mesma.

A sintomatologia depressiva no idoso pode ser consequência de vários fatores: o isolamento, as limitações físicas, económicas ou sociais, o início, progressão ou recorrência de uma doença, a viuvez e/ou a reforma podem levar a uma diminuição do bem-estar, da qualidade de vida e da funcionalidade e despoletar o aparecimento de sintomas depressivos. A disforia pode emergir em função da estrutura psicológica do indivíduo e da sua história pessoal e cultural, bem como da interpretação que faz da sua situação atual.

Assim, sentimentos de solidão, isolamento, tristeza, perda, inexistência de sentido são comuns nestas situações mesmo para as pessoas sem perturbações psiquiátricas prévias – contudo, o quadro agrava-se quando há história anterior de psicopatologia – sendo que o sofrimento resultante pode levar ao desenvolvimento de depressão, que se pode agravar na idade muito avançada.

Quando falamos em Depressão no idoso, não é comum que pessoas nesta faixa etária refiram que se sentem tristes. São mais comuns queixas de

  • dores no corpo,
  • sentimento de vazio ou perda de interesse,
  • ansiedade,
  • queixas de perda de memória, atenção e concentração,
  • lentidão ou agitação motora,
  • insónia,
  • alteração do peso
  • e, em casos mais graves, ideias delirantes.

A sintomatologia depressiva na idade avançada – mais do que na juventude – aumenta o risco de Demência, sobretudo devido ao défice no funcionamento intelectual e diminuição do rendimento cognitivo verificado nesta perturbação do humor, nesta faixa etária.

Contrariamente aos conhecidos quadros de Demência, a Depressão tem cura e, como tal, o tratamento desta patologia pode diminuir o impacto deste fator de risco no desenvolvimento de doença neurodegenerativa.

Se se identifica com os sintomas reportados nesta notícia, não hesite em contactar-nos, dado que estamos aqui para avaliar a sua situação atual, planear a melhor resposta possível, e intervir para melhorar a sua funcionalidade e qualidade de vida!

Deixamos de seguida um breve questionário de rastreio. Se tiver interesse, pode responder sendo que, caso se registe a presença de sintomatologia depressiva, entraremos em contacto consigo (através do contacto da sua preferência: telemóvel ou e-mail) para analisarmos qual a melhor resposta para si!

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